Pular para o conteúdo principal

O palestrante "espírita" e suas obras contraditórias

(Por Demétrio Correia)

Ah, o palestrante "espírita".

Coreógrafo das belas palavras, estufa o peito e se julga detentor de muita sabedoria.

Depois, mediante falsa modéstia, se autoproclama servo do saber.

Questionado, sempre tem um exército de palavras para recuperar sempre a posse da verdade.

Ele pede aos outros que aguentem dificuldades, abram mão de tudo, se possível até do mais necessário.

Quantos textos faz, enquanto camufla as contradições que comete em relação à Doutrina Espírita.

Num dado momento, fala em igrejismo, evoca padres, exalta os "médiuns" no habitual culto à personalidade que sempre os projetaram.

Mas em certos casos o palestrante é o próprio "médium", hoje promovido a sacerdote do "espiritismo".

Em outro momento, o palestrante se esforça para elogiar os espíritas autênticos.

Fala em Erasto, se esquecendo que o próprio palestrante receberia um puxão de orelha do discípulo de Paulo de Tarso.

Um puxão de orelha como aquele que dói até sangrar.

Fala em Herculano Pires, Deolindo Amorim e outros batalhadores autênticos.

Hipócrita, o palestrante "espírita", com seu balé de palavras, ainda tem o cinismo para pedir para que "nos lembremos dos espíritas autênticos, verdadeiros lutadores da doutrina de Allan Kardec".

Ah, o palestrante vive ainda excursionando para mostrar todo o mel de palavras que esconde ideias contraditórias, posturas tendenciosas e até mesmo mentiras e mistificações.

Se ele olhasse para trás e juntar todos os livros, artigos e palestras que fez...

Seria uma grande vergonha.

Descobrir que ele disse uma coisa num texto e outra coisa em outro, por trás da roupagem de "mensagens positivas" e "lindas lições de moral", será doloroso.

A cegueira da vaidade pelo prestígio religioso o fará cegar diante de seus próprios erros.

Às vezes ele até dirá, com certa hipocrisia e mal-disfarçada ironia: "Os espíritas são os que mais erram e eu sou um dos que mais cometi erros".

Mas diz isso com a falsa modéstia de quem não quer sofrer os efeitos drásticos dos erros.

É como alguém que quebrou um prato no restaurante e não quer lavar a louça.

Gente assim é que diz "quem nunca erra?", "eu sou o que mais erro", "o quanto somos falíveis".

Mas é uma forma de usar a desgraça para obter moratória.

O palestrante "espírita" deturpa a doutrina que diz assumir, e luta para ficar com a verdade, ainda que diga que "não é esse o seu propósito".

O medo maior dele é, antes de não ter em mãos o passaporte para o céu, é cair no esquecimento diante de tantas contradições.

De belíssimas mensagens, as profundezas sombrias da sordidez humana estão cheias delas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Qual a relação de Edir Macedo e R. R. Soares com Chico Xavier?

(Por Demétrio Correia) Qual a relação que os "bispos" neopentecostais Edir Macedo e R. R. Soares têm com o "médium" Francisco Cândido Xavier? O leigo vai cair da cadeira e vai achar absurdo, sobretudo num dia como hoje. Afinal, fazem 15 anos do falecimento de Chico Xavier e os chiquistas devem preparar sua inundação de lágrimas. Como comparar o "iluminado médium" aos dois usurpadores da fé cristã. Simples. Porque Chico Xavier também havia sido um usurpador. Um católico ortodoxo que se tornou um dos maiores aproveitadores do legado da Doutrina Espírita. A trajetória do "bondoso médium" sempre foi marcada de muita confusão e conflitos. As pessoas devem abandonar essa teimosia infantil de achar que as confusões que envolveram o "médium" foram causadas pelos detratores. Não foram. Foram causadas pelo próprio "médium" e seus parceiros nas empreitadas da deturpação espírita. A imagem "...

Vídeo: Diferenças entre o Espiritismo Original de Allan Kardec e o Espiritismo Brasileiro de Chico Xavier

Vídeo didático ensina a diferença do Espiritismo original de Allan Kardec e o "espiritismo" deturpado de Chico Xavier e Divaldo Franco. Vale a mais ampla divulgação.

"Espiritismo" brasileiro pratica assistencialismo. Isso não é bom

(Por Demétrio Correia)  O "espiritismo" brasileiro usa táticas de manipulação da opinião pública cuja gravidade poucos percebem. Uma delas é o Assistencialismo. Uma suposta caridade que ajuda muito pouco, trazendo apenas benefícios pontuais e superficiais, mas sem transformar a sociedade. Ou então ações de relativa emancipação social que também não ajudam muito, criando cidadãos apenas "corretos", mas socialmente inócuos. O Assistencialismo é o que está por trás da "caridade" que virou a desculpa maior para aceitar a deturpação da Doutrina Espírita. A suposta filantropia vira a moeda imposta para aceitar até mesmo a aberração dos "médiuns" nada intermediários, alvos de culto à personalidade e de mais mórbida adoração. Os "médiuns" fazem falsa mediunidade, impedindo os mortos de falarem porque "falam em nome deles", ao pé-da-letra, botando na conta do além o pensamento pessoal de cada "médium...