Pular para o conteúdo principal

A farra do "espiritismo" brasileiro com os mortos

(Por Demétrio Correia)

Está aberta a folia "espírita".

"Médiuns" sem concentração para ler um livro, quanto mais para se comunicar com um morto, entram em ação.

Precisam produzir uma mensagem atribuída a um morto.

Mas não conseguem entrar em contato. Fica difícil.

Não têm vigilância para saber se, caso receberem um morto, ele é realmente aquele que diz ser.

Mas nem os piores espíritos conseguem ser comunicados pelos "médiuns". Quando muito, os espíritos inferiores apenas dão sugestões e ditam algumas mensagens ou até livros.

O que resta, então, para um "médium", é a fantasia.

Ele se fantasia de um morto à sua escolha. Pode ser até Teori Zavascki ou Dolores O'Riordan.

É só pegar algumas informações básicas em fontes acessíveis, ou, no caso de pessoas comuns, recorrer à entrevista de um parente vivo no "auxílio fraterno" e, pronto.

Produz-se a mensagem que leva o nome do morto da ocasião.

A mensagem vem da própria mente do "médium", muitos dados são imaginários, a propaganda religiosa é carregada demais, mas os aspectos pessoais do morto apresentam alguma imperfeição aqui e ali.

Mas pouco importa: nessa folia "mediúnica", se a mensagem é "positiva" e traz "belas lições de vida", ela pode ser fake que será vista como "autêntica" por causa das "belas palavras".

As pessoas estão tomadas do "lança-perfume" das vibrações espirituais, e se inebriam dos narcóticos e embriagantes contidos nos apelos emocionais dos mais diversos.

As reuniões "mediúnicas" se tornam verdadeiras orgias, e os "médiuns" fazem um verdadeiro Carnaval com os mortos.

Vale um "médium" ser dono de um morto, ou talvez mais de um disputando a posse de algum outro.

Tudo virou uma farra, que ofende vergonhosamente os mortos.

Estes, que não estão aí para dar, eles mesmos, a sua mensagem - não existe, na Terra, energia para isso - , têm seus nomes e seus legados usados e abusados pelos "médiuns" que usam a "filantropia" para justificar sua licensiosidade mística.

A permissividade "espírita", no Brasil, tem o mesmo caráter leviano das orgias carnavalescas.

Os "espíritas" dizem lamentar o Carnaval por causa das energias sombrias que se liberam.

Deveriam olhar suas próprias "casas espíritas". As energias transmitidas são ainda piores.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Qual a relação de Edir Macedo e R. R. Soares com Chico Xavier?

(Por Demétrio Correia) Qual a relação que os "bispos" neopentecostais Edir Macedo e R. R. Soares têm com o "médium" Francisco Cândido Xavier? O leigo vai cair da cadeira e vai achar absurdo, sobretudo num dia como hoje. Afinal, fazem 15 anos do falecimento de Chico Xavier e os chiquistas devem preparar sua inundação de lágrimas. Como comparar o "iluminado médium" aos dois usurpadores da fé cristã. Simples. Porque Chico Xavier também havia sido um usurpador. Um católico ortodoxo que se tornou um dos maiores aproveitadores do legado da Doutrina Espírita. A trajetória do "bondoso médium" sempre foi marcada de muita confusão e conflitos. As pessoas devem abandonar essa teimosia infantil de achar que as confusões que envolveram o "médium" foram causadas pelos detratores. Não foram. Foram causadas pelo próprio "médium" e seus parceiros nas empreitadas da deturpação espírita. A imagem "...

Vídeo: Diferenças entre o Espiritismo Original de Allan Kardec e o Espiritismo Brasileiro de Chico Xavier

Vídeo didático ensina a diferença do Espiritismo original de Allan Kardec e o "espiritismo" deturpado de Chico Xavier e Divaldo Franco. Vale a mais ampla divulgação.

"Espiritismo" brasileiro pratica assistencialismo. Isso não é bom

(Por Demétrio Correia)  O "espiritismo" brasileiro usa táticas de manipulação da opinião pública cuja gravidade poucos percebem. Uma delas é o Assistencialismo. Uma suposta caridade que ajuda muito pouco, trazendo apenas benefícios pontuais e superficiais, mas sem transformar a sociedade. Ou então ações de relativa emancipação social que também não ajudam muito, criando cidadãos apenas "corretos", mas socialmente inócuos. O Assistencialismo é o que está por trás da "caridade" que virou a desculpa maior para aceitar a deturpação da Doutrina Espírita. A suposta filantropia vira a moeda imposta para aceitar até mesmo a aberração dos "médiuns" nada intermediários, alvos de culto à personalidade e de mais mórbida adoração. Os "médiuns" fazem falsa mediunidade, impedindo os mortos de falarem porque "falam em nome deles", ao pé-da-letra, botando na conta do além o pensamento pessoal de cada "médium...