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Com desonestidade doutrinária, "espiritismo" brasileiro atrai espíritos inferiores

(Por Demétrio Correia)

O "espiritismo" brasileiro atrai espíritos inferiores que praticamente dominaram esta doutrina.

Essa constatação não é mentirosa nem vem de gente com suposta inveja contra o tal "trabalho do bem".

Ela vem porque se observam detalhes inúmeros de irregularidades de alto teor de gravidade.

E quando se fala "alto teor de gravidade" é porque a gravidade é extrema, mesmo. Não se pode subestimar isso.

A desonestidade doutrinária se dá, sobretudo, pela falsa mediunidade, pelo conservadorismo moralista, pelo culto à personalidade dos "médiuns" e pela fuga dos ensinamentos espíritas originais.

A religião "espírita" se diz fiel a Allan Kardec. Mas trai seus postulados, sem o menor escrúpulo.

A religião "espírita" se diz progressista. Mas prega um moralismo ultraconservador.

A religião "espírita" diz que pratica uma caridade transformadora. Mas sua caridade não traz resultados sociais profundos e definitivos e só alimenta a promoção pessoal do "benfeitor".

A religião "espírita" se diz espiritualista. Mas seu materialismo se observa quando fantasia um "mundo espiritual" como se conhece no risível Nosso Lar.

Seria preciso um livro para narrar, detalhe por detalhe, as irregularidades do "espiritismo" brasileiro.

A verdade é que tudo isso atrai espíritos inferiores, dos zombeteiros aos vingativos.

E, pasmem, é difícil tirar esses espíritos da influência do "espiritismo" brasileiro.

Eles ficam, eles permanecem, eles não saem. Nem com uma overdose de Pais Nossos.

Quando muito, só ficam quietinhos. Sobretudo quando os espíritos inferiores ouvem as "músicas espíritas", que os fazem tranquilizar, o que não significa o afastamento da negatividade.

Pelo contrário. É apenas uma pausa, um intervalo, mas depois a ação desses espíritos continua e sua força até renova.

As influências negativas no "espiritismo" brasileiro nunca são eliminadas.

A traição aos postulados kardecianos com igrejismo de base roustanguista, associado aos conceitos jesuítas brasileiros, podres como porões abandonados há séculos, atrai más energias.

Os "espíritas" reclamam dessa constatação, acham isso "um absurdo", dizem que conseguem afastar as más energias, basta uma corrente de preces e bons sentimentos.

Impossível. A desonestidade doutrinária os faz permanecer e eles ficam, ficam e ficam. Já levaram toda a "mobília" para as "casas espíritas", que, para eles, soa como um atraente hotel cinco estrelas.

A mediunidade é feita no "faz-de-conta", tem "médium" prometendo evocar até Sigmund Freud, usado para dizer que o Brasil comandará o mundo nos próximos dez anos!

Tem "médium" escrevendo livrinho de palavras piegas, e sai por aí fazendo turismo como um verdadeiro caçador de recompensas.

Faz palestras para ricos, em troca de medalhas, troféus, diplomas, condecorações e, além disso, fotos com autoridades e personalidades mais celebradas.

Enquanto isso, a instituição de "caridade" que o "médium" investe é deixada à própria sorte, quando muito em situação medíocre que não é compensada pela coleção de prêmios trazida pelo "benfeitor".

Ele põe ali suas medalhas, diplomas, troféus etc etc etc e tudo fica expondo num quarto ou salão, para enfeitar e promover a imagem do "benfeitor".

Mas a criançada e os velhinhos e os pobrezinhos não recebem muita coisa, tratados como se fossem animais domésticos.

A eles só resta a vida medíocre, quando "emancipam" é só para ser mais um ninguém na multidão.

Os espíritos inferiores ficam se divertindo ao verem o "médium" ganhando medalhas e seus assistidos, as migalhas.

Ah, como o "espiritismo" brasileiro virou uma religião dominada por espíritos inferiores.

A desonestidade doutrinária de décadas e décadas, que alimentou vaidades pessoais e jogos de interesses de muitos dirigentes, "médiuns", palestrantes e tarefeiros, que faziam o que queriam com a herança de Allan Kardec, fez os espíritos inferiores aumentarem seu poder.

Hoje eles mesmos sugerem até qual o nome a ser usado numa nova psicografia.

Nos preparemos para uma mensagem atribuída à cantora irlandesa Dolores O'Riordan, dos Cranberries, com propaganda igrejeira ou dizendo que o Brasil vai dominar o mundo na próxima década.

Tudo virou um vale-tudo, uma bagunça, uma confusão e uma coleção interminável de contradições, equívocos e permissividades, entre outras más ações.

Não adianta dizer "a gente realmente faz isso, sim, mas pelo menos prega a paz em Jesus Cristo e pratica a caridade".

Isso é inútil. Os espíritos inferiores sabem dessa desculpa e não sentem um pingo de repulsa por tais mensagens.

A "caridade" festejada demais pelo pouco que se faz, focalizando mais o prestígio pessoal do "benfeitor", é até apoiada por espíritos inferiores, que adoram essa "caridade transformadora" que, na prática, nem de longe enfrenta os mais delicados problemas sociais.

Alguém viu, por exemplo, um "médium" cobrando das autoridades isso e aquilo em favor do povo pobre? Em nenhum momento!

Mas ouviu "médium" dizer que é lindo sofrer desgraças a vida toda, sob a desculpa de haver "uma eternidade de bênçãos" pela frente.

Isso deixa os espíritos negativos extasiados, e mais dispostos a ficar no seio do "espiritismo" brasileiro.

É difícil a doutrina brasileira se livrar dos espíritos inferiores, e isso é um dos casos mais graves e complicados de obsessão espiritual sobre uma instituição.

Essa negatividade se dá pelas decisões, fraudes, dissimulações e retrocessos cometidos pelos "espíritas".

É fruto de más decisões, que são mascaradas por mil artifícios, mas isso não afasta os espíritos inferiores, que adoram dissimulação.

E o maior motivo da permanência dos espíritos malignos no "espiritismo" brasileiro tem uma raiz muito grande: a traição aos ensinamentos de Allan Kardec.

Prometer entender melhor esses ensinamentos é insuficiente, quando o igrejismo torna-se uma obsessão até por parte dos que criticam a vaticanização do Espiritismo.

A religião "espírita" tornou-se refém de suas próprias convicções, de seus próprios ídolos e até de uma concepção de "caridade" que nunca faz superar de verdade o sofrimento de outrem.

Portanto, a deturpação do Espiritismo no Brasil se deu de tal forma que ela mexeu com sua estrutura.

É como um edifício que se tornou condenado no seu esqueleto. Não há como fazer reparações, é como um imóvel condenado, apodrecido e sob risco de desabamento.

O "espiritismo" brasileiro hoje paga o preço caro por suas más escolhas e, com toda a promessa de "aprender melhor a viver Kardec", levou a deturpação igrejeira longe demais.

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