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"Espiritismo" brasileiro é uma religião de medíocres?

(Por Demétrio Correia)

Notaram que há muita gente medíocre tomando as rédeas do "espiritismo"?

Temos intelectuais frustrados, mas cheios de pose e de discurso.

Temos pintores razoáveis, mas incapazes de ter algum estilo mais sofisticado.

Temos donas-de-casa pedantes, que se tornam metidas a entender até de Astronomia, sem ter um pingo de aprendizado no ramo.

Temos escritores e poetas razoáveis em sua obra autoral, vide Chico Xavier, por exemplo, que passam a criar obras literárias fake atribuídas a autores mortos.

Temos físicos medianos, que se tornam palestrantes "espíritas".

Temos advogados que, na saída de uma prova da OAB, da qual saíram vergonhosamente reprovados, entram numa "casa espírita" para posarem de "paladinos da Justiça do Universo".

Temos romancistas de segunda categoria, que tiveram rejeitadas sinopses para cinemas e até novelas de TV, mas que transformam essas obras ruins em "psicografia" e depois fazem sucesso.

Temos católicos que não aguentam o tédio de cursos de padres, tendo que estudar demais Teologia, e por isso evitam esse sacrifício e vão ser palestrantes "espíritas".

Até porque tudo no "espiritismo" é muito fácil.

Não é preciso sequer entender Allan Kardec. É só puxar o saco do professor lionês e tudo se resolve sem precisar ler uma vírgula de seus livros.

Basta ter uma casinha alojando pobres e doentes, investindo mediocremente neles, que os aplausos chegam com mais intensidade do que se imagina.

Nem precisa falar com os mortos. Apenas se imita o estilo deles, podendo imitar mal, e joga mensagens do tipo "vamos nos unir na paz em Cristo".

Ninguém pega, ninguém pune, e se os juízes e policiais chegam, é para dar um abraço e pedir conselhos.

Se você não sabe dar conselhos, é só dizer: "ame acima de tudo" e tudo se resolve.

O "espiritismo" é uma religião de medíocres, gente meia-boca, de meio-saber, de meio-caráter e que faz meia-bondade.

Não por acaso, os maiores astros do "espiritismo" brasileiro se chamam "médiuns".

Porque tudo é meio-meio, nada é por inteiro. Tudo medíocre.

Não era esse o propósito original de Allan Kardec. 

Mas, fazer o quê? O Brasil é o país do jeitinho.

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