Pular para o conteúdo principal

Vândalo chuta estátua de Carlos Drummond de Andrade. Intolerância religiosa?

(Por Demétrio Correia)

Foi preciso ocorrer um ato de vandalismo no Rio de Janeiro para se provar que o ataque ao mausoléu de Francisco Cândido Xavier, em Uberaba, não foi um ato de intolerância religiosa.

No último dia 28, em Copacabana, um homem foi filmado por uma câmera de segurança atacando a estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade.

O jovem, que portava uma mochila, chutou a estátua, na altura do rosto, e fez os óculos caírem. Depois, o vândalo roubou os óculos e foi embora.

Isso foi um ato de intolerância religiosa? Não.

Foi um ato de vandalismo contra o monumento de alguém famoso? Sim.

Foi isso que aconteceu em Uberaba. O vandalismo que atingiu o mausoléu de Chico Xavier foi um ato de vandalismo comum, queiram ou não queiram.

O fato do "espiritismo" brasileiro estar em crise não é desculpa para seus membros e seguidores saírem por aí ventilando que sofrem "intolerância religiosa".

O "espiritismo" é a religião mais blindada no Brasil.

Tão blindada que até quando comete erros, ninguém percebe.

Recentemente, Divaldo Franco estava lá, no Você e a Paz, abrindo espaço para o prefeito de São Paulo, João Dória Jr., divulgar aquele alimento intragável comparável a uma ração animal ruim.

Estava lá, João Dória Jr., com a camiseta do Você e a Paz, que citava o nome do "médium" baiano e tudo.

Mas a imprensa veio com aquele clima de "eu não vi, eu não sei" e ninguém prestou atenção na camiseta de João Dória Jr..

Portanto, até nos escândalos o "espiritismo" é tolerado. Tolerado até demais.

Não procece o que Eurípedes Higino falou que "pode ter sido intolerância religiosa".

Nem sombra disso.

O que houve é gente que odeia viver em uma cidade que não lhe deu as devidas condições de vida e nem educação digna e resolve se vingar depredando monumentos de gente famosa.

De Dom Pedro II ao palhaço Carequinha, todos são vulneráveis nesse contexto.

Chega de dizer que o "espiritismo" brasileiro sofre intolerância religiosa.

Quem sofre intolerância são religiões de gente pobre e não-branca: umbanda, candomblé, islamismo, entre outros similares.

O "espiritismo" é uma religião aristocrática. Goza da mais absoluta tolerância.

Tanta tolerância que até seus erros e irregularidades são aceitos de bom grado.

Da mesma forma, as traições igrejistas aos postulados espíritas originais são aceitas e os deturpadores acolhidos até quando se tenta recuperar as bases kardecianas originais.

Daí que ser "médium espírita" virou um grande privilégio. Recebe mais blindagem do que até mesmo os políticos tucanos (do PSDB).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Qual a relação de Edir Macedo e R. R. Soares com Chico Xavier?

(Por Demétrio Correia) Qual a relação que os "bispos" neopentecostais Edir Macedo e R. R. Soares têm com o "médium" Francisco Cândido Xavier? O leigo vai cair da cadeira e vai achar absurdo, sobretudo num dia como hoje. Afinal, fazem 15 anos do falecimento de Chico Xavier e os chiquistas devem preparar sua inundação de lágrimas. Como comparar o "iluminado médium" aos dois usurpadores da fé cristã. Simples. Porque Chico Xavier também havia sido um usurpador. Um católico ortodoxo que se tornou um dos maiores aproveitadores do legado da Doutrina Espírita. A trajetória do "bondoso médium" sempre foi marcada de muita confusão e conflitos. As pessoas devem abandonar essa teimosia infantil de achar que as confusões que envolveram o "médium" foram causadas pelos detratores. Não foram. Foram causadas pelo próprio "médium" e seus parceiros nas empreitadas da deturpação espírita. A imagem "...

Vídeo: Diferenças entre o Espiritismo Original de Allan Kardec e o Espiritismo Brasileiro de Chico Xavier

Vídeo didático ensina a diferença do Espiritismo original de Allan Kardec e o "espiritismo" deturpado de Chico Xavier e Divaldo Franco. Vale a mais ampla divulgação.

"Caridade espírita" fracassou

(Por Demétrio Correia) O maior escudo que blinda os "médiuns espíritas", a suposta caridade, foi um grande fracasso em suas mãos. Dá pena as pessoas endeusarem os "médiuns espíritas" sob a desculpa de que, embora deturpem o Espiritismo, "praticam caridade". Pela grandeza em que se julgam ou julgaram ter, os "médiuns espíritas" eram para ter transformado o Brasil numa das maiores potências mundiais há uns trinta anos. Mas não. Ficam cheios de contradições. Num dia, os "espíritas" dizem que estão fazendo algo e que o resultado virá, com certeza, no dia seguinte. No dia seguinte, porém, ficam cheios de dedos, dizem que "não foi possível" atingir aquele resultado e que eles "fizeram por onde". Quanta hipocrisia. E a gente tem que aceitar essa caridade de resultados pífios, inexpressivos, medíocres, porque ela é a "maior qualidade" dos "médiuns espíritas". Isso é carteira...