(Por Demétrio Correia)
Há um episódio no seriado South Park, lançado pela MTV, que deveria ser um recado sobre o "espiritismo" brasileiro.
As pessoas que combatem a deturpação recuam diante dos apelos emotivos dos "médiuns", que são fortes e tentadores.
Francisco Cândido Xavier associado a paisagens floridas, céu azul, passarinhos etc.
Ou então se sobrepondo ao Sol. De repente, Chico Xavier virou o "Rei Sol", surpreendendo seus seguidores.
Divaldo Franco rodeado de crianças, falando macio, usando ideias positivas como forma de influenciar e dominar a opinião pública.
Tantos apelos lindos. E tem outros de José Medrado, João de Deus e o que vier de parecido.
Tudo isso desarma os questionadores da deturpação espírita menos vigilantes.
E aí criam a ilusão de que os "médiuns" deturpadores são "válidos" porque "praticam a caridade" e "pregam o amor ao próximo".
Grande engano. Isso é falácia igrejeira, feita para dominar as pessoas e forçar unanimidade.
Um episódio de South Park nos alerta sobre o perigo dos apelos emotivos.
Trata-se do episódio Natal dos Bichinhos (Woodland Citter Christimas).
O enredo se baseia numa redação escolar do gorducho Eric Cartman feito para humilhar o colega Stan Marsh.
Cartman escreve um enredo natalino no qual Stan conhece bichinhos de aparência muito graciosa e afável.
Parecendo uma fábula, os bichinhos pedem para Stan escalar uma montanha para combater uma leoa que os animais acusavam de matar, todo ano, o filhote de um porco-espinho que nasceria em cada Natal.
Stan escalou e, ao ser interpelado pela leoa, a atraiu para o precipício, fazendo-a morrer com a queda no abismo.
O que Stan não sabia é que a leoa cuidava de três filhotes que se sentiram órfãos da mãe e ficaram muito tristes.
Depois Stan descobriu que os bichinhos eram traiçoeiros e o filhote de porco-espinho seria o "anti-cristo".
Tido como o "salvador", os bichinhos celebravam o nascimento do ser - que mais parecia um verme" - sacrificando e devorando um coelho.
Stan reagiu e tentou combater os bichinhos, mas eles se revelaram diabólicos.
Uma série de incidentes ocorre, como o de outro membro do South Park, Kyle Broflovski, que é judeu, usado pelos bichinhos para batizar o "anti-cristo".
Stan já havia voltado à montanha para resgatar os filhotes de leão e os levaram para um hospital para aprender técnicas de aborto para combater o maligno filhote "natalino".
Chegando ao local, viram que era tarde e Kyle engoliu o "anti-cristo", se transformando nesse espírito maligno.
Essa transformação se deu depois que Papai Noel, que chegou com Stan e os leõezinhos, matou os bichinhos da floresta.
Os filhotes da leoa então decidem fazer um aborto em Kyle, extraindo o verme e Papai Noel pegou um rifle para assassinar este que seria o "anti-cristo".
Em seguida, Stan pede para o Papai Noel ressuscitar a leoa e devolvê-la ao convívio com os filhotes.
A lição que se tem com esse episódio é o cuidado que se deve ter com os apelos emocionais do "espiritismo" brasileiro.
Há apelos "lindos demais", "dóceis demais", palavras com sabor de mel, palestrantes falando com tom mais manso que o habitual.
Deturpadores como Divaldo Franco eram alertados previamente por nomes insuspeitos como José Herculano Pires.
Nem a suposta caridade de Divaldo Franco era definida como confiável, muito pelo contrário, sendo definida como "condenável".
Mas sabemos também que Chico Xavier, mesmo poupado por Herculano, também foi uma figura sem o menor mérito de credibilidade.
Chico e Divaldo se deixaram valer pelo apelo excessivamente emotivo, não muito diferente dos bichinhos da floresta.
Os dois desfiguraram e empastelaram o legado de Allan Kardec, reduzindo a novidade espírita a uma repaginação do Catolicismo medieval.
As pessoas não questionam e são levadas pelos apelos fáceis da emotividade, e acabam caindo em muitas armadilhas.
O episódio de South Park serve para ensinar essas pessoas sobre as armadilhas do "bombardeio de amor" dos "médiuns espíritas".
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