(Por Demétrio Correia)
Os defensores do "espiritismo" brasileiro caem em contradição o tempo todo, e isso é sabido entre quem questiona os vícios desta doutrina.
Uma dessas contradições é confundir consolação com conhecimento.
O "espiritismo", de raízes roustanguistas e conteúdo deturpado, é portanto pouco inclinado ao saber.
A última coisa que o "espiritismo" feito no Brasil cogita fazer é esclarecer as pessoas.
O que muitos pensam ser "esclarecimento" é uma deturpação de algumas ideias primárias.
A de que existe vida após a morte, a chamada vida espiritual, e o espírito vive em algum mundo.
Allan Kardec avisou que ainda somos incapazes de fazer qualquer esboço ou suposição de um mundo espiritual, porque não existem estudos que tragam algum indício de como ele é.
Ele deu o recado no século XIX, mas a experiência comprova que nada foi superado neste sentido.
Continuamos ignorantes quanto ao mundo espiritual, mas o "espiritismo" brasileiro nos deu a fantasia idealizada das "colônias espirituais".
Elas se assemelham aos projetos ideais dos condomínios em comerciais de imobiliárias.
E aí somos enganados com esse "paraíso" que nos faz ficar felizes com as desgraças que vivemos na Terra, como masoquistas da fé.
Sofremos à toa e sem necessidade, até depois do remorso de supostas faltas cometidas em outras vidas, e ainda assim sorrimos porque achamos que, "no outro lado", vamos repousar em prédios luxuosos com ar condicionado e alimentação saudável e saborosa.
Vamos brincar com gatinhos e cachorrinhos no bosque e ouvir os passarinhos fazerem corais admiráveis que parecem uma sinfonia.
Vamos vestir roupas branquinhas que nunca ficam sujas e respirar o ar mais puro que não há na Terra, perfumado com os mais variados odores de flores.
Não resolvemos coisa alguma na vida presente e sonhamos demais com a vida futura.
Ficamos felizes seguindo o "espiritismo", porque as doutrinárias nos relaxam, os livros de Chico Xavier mostram estórias lindas e tudo parece maravilhoso e puro.
Sacrificamos nossa individualidade com uma coleção de infortúnios que castigam os nervos, e nos castramos com uma resignação que, aos poucos, torna-se puro masoquismo.
Passamos a ter prazer em sofrer, porque acreditamos que "algo melhor" nos espera.
E vamos ouvindo estorinhas lindas, como alguém que fica bebendo água com açúcar o tempo todo.
Na fé diabética do "espiritismo", parecemos felizes, na doce alucinação astral.
Como se viajássemos em "ácido", achamos tudo lindo. Até o pior sofrimento é lindo, e de maneira masoquista chegamos a agradecer a Deus pela desgraça obtida.
Com isso, sonhamos com o que, em inglês, se chama de "Kingdom Come", a "Chegada do Reino".
Basta sofrermos e comportarmos direitinho, que vamos encontrar o céu.
E acreditamos nessas falácias até regressarmos, um dia, ao mundo espiritual.
E veremos então que todo aquele sonho dourado da "colônia espiritual" não passou de ilusão.
Os defensores do "espiritismo" brasileiro caem em contradição o tempo todo, e isso é sabido entre quem questiona os vícios desta doutrina.
Uma dessas contradições é confundir consolação com conhecimento.
O "espiritismo", de raízes roustanguistas e conteúdo deturpado, é portanto pouco inclinado ao saber.
A última coisa que o "espiritismo" feito no Brasil cogita fazer é esclarecer as pessoas.
O que muitos pensam ser "esclarecimento" é uma deturpação de algumas ideias primárias.
A de que existe vida após a morte, a chamada vida espiritual, e o espírito vive em algum mundo.
Allan Kardec avisou que ainda somos incapazes de fazer qualquer esboço ou suposição de um mundo espiritual, porque não existem estudos que tragam algum indício de como ele é.
Ele deu o recado no século XIX, mas a experiência comprova que nada foi superado neste sentido.
Continuamos ignorantes quanto ao mundo espiritual, mas o "espiritismo" brasileiro nos deu a fantasia idealizada das "colônias espirituais".
Elas se assemelham aos projetos ideais dos condomínios em comerciais de imobiliárias.
E aí somos enganados com esse "paraíso" que nos faz ficar felizes com as desgraças que vivemos na Terra, como masoquistas da fé.
Sofremos à toa e sem necessidade, até depois do remorso de supostas faltas cometidas em outras vidas, e ainda assim sorrimos porque achamos que, "no outro lado", vamos repousar em prédios luxuosos com ar condicionado e alimentação saudável e saborosa.
Vamos brincar com gatinhos e cachorrinhos no bosque e ouvir os passarinhos fazerem corais admiráveis que parecem uma sinfonia.
Vamos vestir roupas branquinhas que nunca ficam sujas e respirar o ar mais puro que não há na Terra, perfumado com os mais variados odores de flores.
Não resolvemos coisa alguma na vida presente e sonhamos demais com a vida futura.
Ficamos felizes seguindo o "espiritismo", porque as doutrinárias nos relaxam, os livros de Chico Xavier mostram estórias lindas e tudo parece maravilhoso e puro.
Sacrificamos nossa individualidade com uma coleção de infortúnios que castigam os nervos, e nos castramos com uma resignação que, aos poucos, torna-se puro masoquismo.
Passamos a ter prazer em sofrer, porque acreditamos que "algo melhor" nos espera.
E vamos ouvindo estorinhas lindas, como alguém que fica bebendo água com açúcar o tempo todo.
Na fé diabética do "espiritismo", parecemos felizes, na doce alucinação astral.
Como se viajássemos em "ácido", achamos tudo lindo. Até o pior sofrimento é lindo, e de maneira masoquista chegamos a agradecer a Deus pela desgraça obtida.
Com isso, sonhamos com o que, em inglês, se chama de "Kingdom Come", a "Chegada do Reino".
Basta sofrermos e comportarmos direitinho, que vamos encontrar o céu.
E acreditamos nessas falácias até regressarmos, um dia, ao mundo espiritual.
E veremos então que todo aquele sonho dourado da "colônia espiritual" não passou de ilusão.
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