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Mostrando postagens de junho, 2017

Qual a relação de Edir Macedo e R. R. Soares com Chico Xavier?

(Por Demétrio Correia) Qual a relação que os "bispos" neopentecostais Edir Macedo e R. R. Soares têm com o "médium" Francisco Cândido Xavier? O leigo vai cair da cadeira e vai achar absurdo, sobretudo num dia como hoje. Afinal, fazem 15 anos do falecimento de Chico Xavier e os chiquistas devem preparar sua inundação de lágrimas. Como comparar o "iluminado médium" aos dois usurpadores da fé cristã. Simples. Porque Chico Xavier também havia sido um usurpador. Um católico ortodoxo que se tornou um dos maiores aproveitadores do legado da Doutrina Espírita. A trajetória do "bondoso médium" sempre foi marcada de muita confusão e conflitos. As pessoas devem abandonar essa teimosia infantil de achar que as confusões que envolveram o "médium" foram causadas pelos detratores. Não foram. Foram causadas pelo próprio "médium" e seus parceiros nas empreitadas da deturpação espírita. A imagem "

"Espíritas" participam de ato ecumênico em Brasília que "ora pelo Brasil"

(Por Demétrio Correia) Um grupo religioso se reúne todas as terças-feiras para "orar pelo país". O evento é comandado pela Igreja Católica, mas envolve evangélicos e "espíritas". Ontem o grupo se destacou publicando mensagens em efeitos luminosos. No prédio do Congresso Nacional, várias mensagens foram refletidas. A principal delas dizia: "Brasileiros, tenham fé!". Houve também uma mensagem de neon dizendo: "Deus, salve o Brasil!". Tudo isso parece maravilhoso, se não fosse um detalhe: as religiões contribuíram para o cenário sócio-político que hoje temos. Quando lhes é do seu interesse, elas pregam golpes militares, e pedem para que aceitemos governos autoritários, apenas "orando" para que as autoridades "pensem pelo próximo". O papel das religiões na Marcha da Família Unida com Deus pela Liberdade, em 1964, é bastante notório. A ressalva é que, dos três grupos religiosos, apenas os

Os falsos cristos e falsos profetas

(Por Demétrio Correia) Já se alertou sobre os falsos cristos e falsos profetas. Esses alertas vêm de muito tempo. Vem desde a Antiguidade, com Sócrates alertando sobre os falsos sábios. Passou por Jesus de Nazaré, alertando sobre os falsos profetas. Mais próximo da época contemporânea, Allan Kardec também fez alerta sobre falsos cristos e falsos profetas. Erasto, o espírito do discípulo de Paulo de Tarso, também alertou sobre os farsantes a usurpar a Doutrina Espírita. No Brasil, as pessoas ficaram surdas a esses apelos. Totalmente. Em nome das "mensagens de amor" e do "pão dos pobres", quantos oportunistas aparecem, deturpando Kardec mas fingindo "respeitarem rigorosamente" seu legado. Quantos farsantes dizem reprovar a "vaticanização do Espiritismo" mas elogiam tudo que for de igrejista que pegar carona na doutrina kardeciana. Quantos farsantes, se escondendo por trás de gente pobre, fingindo humildade

O "efeito placebo" do "passe espírita"

(Por Demétrio Correia) A falta de estudos sérios da Doutrina Espírita praticamente desqualificam o chamado "passe". Essa prática é um ritual no qual uma pessoa fica de pé, o "passista", enquanto o paciente fica sentado recebendo as vibrações, feitas com mãos abanando e tocando levemente as partes do corpo do paciente. A prática é tida como "eficaz", mas o que se nota é apenas o efeito do relaxamento psicológico do paciente. O paciente acaba fazendo mais por ele do que o que o passe faz nele. O passe é instituído no Brasil com interpretações equivocadas e superficiais dos ensinamentos de Allan Kardec. Kardec foi um estudioso sério, e ele pesquisou os estudos e experimentos do alemão Franz Anton Mesmer. Foi Mesmer quem descobriu os princípios do Magnetismo Animal e da forma como as energias poderiam influir nas curas de doenças ou em outras terapias. Mas a obra de Mesmer permanece inédita no Brasil sem que viva alma traduzi

Folhetim igrejista

(Por Demétrio Correia) Uma senhora tem por passatempo escrever um romance de ficção. De educação conservadora, a senhora tem como lembranças as obras literárias que lia na infância, as radionovelas que ouvia e as idas à casa do vizinho para ver as primeiras novelas da TV. Delas obtivera o conteúdo moralista dos dramalhões que escrevia em sua pequena máquina Remington. Funcionária pública e esposa de um professor de escola pública, ela tinha seu estoque de folhas em tamanho A4, como conhecemos hoje, para datilografar seus breves capítulos, dia a dia. Num belo dia, a senhora encerra seu romance, sobre intrigas amorosas e sofrimento humano, e é estimulada por seu marido a ir a uma editora. Ele a acompanha para lhe dar aval, mas ela é que toma toda a iniciativa. - Meu amigo! - disse a senhora ao editor de plantão. - Sim, minha cara! É muito prazer receber a senhora e o senhor, seu marido?... - Sim, isso mesmo. - respondeu a senhora. - É muito prazer.

O "espiritismo" e o efeito da ideia de "inimigo de si mesmo"

(Por Demétrio Correia) Que perigo o "espírita" falar em "inimigo de si mesmo". Uma falácia supostamente trazida da filosofia oriental, através de interpretação leviana de uma metáfora. Esquecemos de aberrantes imagens que se propagam sob o rótulo da religião. Pessoas carregando a cruz, em ilustrações "bonitinhas". Montagens de uma pessoa em duas posições, como se estivesse lutando contra si mesma. Mensagens de suposta sabedoria falando para a pessoa "vencer a si mesma" e, movidas de emoção, apelando para "esse necessário combate". Ah, quanto perigo dessa pregação tão traiçoeira. Não adianta alegar que isso é metáfora, se o discurso é dado de forma direta, firme e taxativa. No calor da declaração, o discurso é direto e feito ao pé da letra. Sem explicações, apenas jogado na cara dura das palavras que ferem. E são dadas, pasmem, por gente que se diz arauta da esperança e do otimismo. Defe

Exemplos de como um "espírita" diz e desmente o tempo todo

(Por Demétrio Correia) Exemplos de como um "espírita" costuma dizer algo com firmeza e depois sai desmentindo o que havia dito na véspera. MORALISMO O "espírita" costuma ser taxativo, num primeiro momento, quando o assunto é sofrimento. Ele vai logo dizendo para o sofredor "aceitar as desgraças" com resignação, e faz até apelos como "amar o sofrimento" ou "combater o seu pior inimigo que é você mesmo". Diante da má repercussão de tais frases, que em certos casos podem incitar o suicídio - prática tão condenada pelo "espiritismo" brasileiro - os mesmos ideólogos recuam e dizem: - Não, ninguém nasceu para sofrer. Todos nascemos para sermos felizes. Ninguém deve se auto-odiar, mas cultivar o amor próprio e fortalecer a autoestima. CARIDADE O "médium" que banca o dublê de ativista social costuma dizer sobre seu "projeto de caridade": - Temos finalidade de transformar a soc

A falta de noção dos adeptos do "espiritismo"

(Por Demétrio Correia) Quanto o Brasil está muito atrasado em questão de percepção da realidade. Um atraso de séculos, diga-se de passagem. As pessoas não conseguem ver que mesmo os artifícios de aparente bondade podem ser traiçoeiros. Os leigos não entendem o "espiritismo" deturpado que se esconde sob uma embalagem bastante agradável. Muitos pensam que Allan Kardec foi um sacerdote de Lyon que pregava apenas a "fraternidade" igrejeira, e até seu intelectualismo tinha mais a ver com a visão litúrgica de "bondade". Não estranham em ver quantas "casas espíritas" mantém um ambiente igrejeiro, são na prática igrejas sem pompa de ouro ou batina, catedrais fantasiadas de galpões, casas comuns, velhos casarões ou sobrados. Não percebem o quanto o legado de Kardec foi tão distorcido que os efeitos danosos estão todos aí. Os "espíritas" se contradizendo o tempo inteiro, desmentindo o que haviam dito de forma ta

"Espiritismo" e a analogia da consulta médica

(Por Equipe Dossiê Espírita) O seguinte texto pode esclarecer como reagem os "espíritas" brasileiros em relação ao sofrimento humano. Um paciente no consultório médico faz sua queixa de uma grave doença que lhe causa dores insuportáveis. Ele recorreu ao doutor confiante de que pudesse obter alguma receita ou remédio para cura, e por isso estava ali na sua exposição. - Eu não consigo andar, de tanta dor!! Não consigo fazer as coisas do dia a dia, mas também tenho dificuldades para descansar. Perco o sono todas as noites, diante da dor que eu sinto, preciso de sua ajuda para me dar um remédio para a cura. Faço todas as recomendações que o senhor lhe der. O médico, porém, responde com uma pergunta: - Amigo, eu acho que você deve conviver com a dor. Deve aceitá-la, talvez até gostar dela, e ter paciência o máximo que puder. - Como assim, doutor? Eu peço a cura e tento me esforçar para aguentar as dores que sinto agora, com a força da minha mente para ev

A espetacularização nas "reuniões mediúnicas"

(Por Demétrio Correia) É inútil o "espiritismo" brasileiro dizer que é rigorosamente fiel aos postulados espíritas originais. Sua prática é abertamente contrária, em muitos aspectos, aos ensinamentos do Espiritismo original. A abordagem igrejeira, que se escancara em "casas espíritas" e está solta nos textos de artigos e romances "espíritas", é tão explícita que não há como ignorar a traição aos ensinamentos e recomendações de Allan Kardec. De 1975 para cá, os "espíritas" brasileiros, mesmo os mais igrejistas, até tentam expor a teoria correta do pedagogo francês. Mas tudo isso se confina numa letra "desencarnada", sem serventia prática, apesar de tantos e tantos apelos palavreadores de "vamos não só ler e entender Kardec, mas vivê-lo no dia a dia". Tudo isso dado num apelo emocional, mas não é apelando por um "Kardec total" que se obterá o reconhecimento entre os espíritas autênticos.

O médium autêntico e o anti-médium

(Por Demétrio Correia) Uma estória fictícia pode ilustrar bem a diferença do médium autêntico, como os que serviram ao pedagogo Allan Kardec, e o "médium" brasileiro, figurão muito badalado pelo "espiritismo" que é feito no Brasil. Consta-se que Monsieur A..., falecido no último quartel do século XIX, tenha decidido ficar na Terra no plano espiritual, verificando os rumos da humanidade ao longo das décadas. Ele decidiu não reencarnar por enquanto, por escolha própria, embora isso fosse tempo demais para ele esperar tanto. Mesmo assim, Monsieur A..., um aristocrata francês que havia feito serviços mediúnicos no século XIX, decidiu assumir tal experiência. Chega-se ao Século XX e ele então chega ao Brasil. É a década de 1980 e já são uns 90 e tantos anos que Mousieur A... deixou a vida material. Sob o convite de um amigo, ele resolveu verificar o que é a atividade dos que se dizem "médiuns" no Brasil, já que o amigo lhe foi informado que o

"Espiritismo" quer a "fraternidade" do Bom Senso com o Contrassenso

(Por Demétrio Correia) O "espiritismo" brasileiro fala tanto em coerência, com seus palestrantes estufando o peito e posando de grande firmeza. Traem o legado de Allan Kardec com igrejismo, mediunidade fake  que mais parece mershandising  religioso, mas juram de pés juntos "fidelidade absoluta" a ele. É um grande perigo os leigos conhecerem o "espiritismo", verem o que a grande imprensa fala dele e acharem tudo "muito maravilhoso". Acham que o "espiritismo" é dotado de simplicidade, humildade, despretensão, progressismo e prudência. Estão enganados. O que se observa é o velho igrejismo mofado, o velho moralismo religioso, as velhas fraudes dignas de esoterismo e brincadeiras como as tábuas Ouija. Tudo feito ao arrepio da Ciência Espírita. Os "espíritas" tentam a todo custo fazer seu malabarismo das belas palavras. São acrobatas das palavras, a dar desculpa esfarrapada para tudo. Se o

Qual o interesse do deturpador espírita elogiar os espíritas autênticos?

(Por Demétrio Correia) Recentemente, vemos deturpadores da Doutrina Espírita, que comandam o "espiritismo" que se faz no Brasil, elogiarem os espíritas autênticos. Sob a desculpa de "aprender melhor os ensinamentos espíritas originais", eles chegam até a reproduzir textos de Herculano Pires, falam em Erasto, analisam "mais profundamente" as ideias de Allan Kardec. Mas fazem isso não para realmente entender o Espiritismo. Eles agem como piratas que veem seu navio afundando e passam para o navio inimigo se passando por aliados daqueles que iriam assaltar. Os "espíritas" brasileiros são artífices do balé de palavras bonitas. Com seu bom mocismo, pregam a fraternidade das galinhas em torno da raposa, das ovelhas em torno do lobo. E, com isso, os lobos e as raposas seguem exaltando as ovelhas e as galinhas que contribuíram para o progresso de seus pares. Diante da crise do "espiritismo" hoje, em que as cont

Nos momentos mais difíceis...

(Por Demétrio Correia) Num "auxílio fraterno" de uma "casa espírita", um paciente retornava para fazer uma nova avaliação. - Sabe, há alguns meses eu estive aqui, falando de minhas dificuldades de vencer na vida, sabe? - Sei, sei. E aí, o que me diz? - responde o atendente; - Sim, porque eu até agora não superei aquelas dificuldades. - reclama o paciente. - Mas e aí, você fez alguma coisa para vencer na vida? - Fiz, sim! - Quando surgiu aquela oportunidade de emprego, você se esforçou para conseguir o tal trabalho? - Já. Dei tudo de mim, mas de repente a resposta de emprego demorou, demorou e um almofadinha passou a perna em mim e pegou o emprego que quase estava em minhas mãos. - E o concurso público? Você estudou bem o programa previsto no edital? - Rigorosamente. Tudo dentro do programa, mas a prova depois veio com questões bem diferentes do programa e surgiu grave de bibliotecários na faculdade onde mais tinha material

"Espiritismo", no Brasil, vaticanizou geral

(Por Demétrio Correia) O "espiritismo" brasileiro virou apenas um outro Catolicismo. Para piorar, virou uma religião da dissimulação, da mediocridade, do moralismo conservador. Dotado da mais bela embalagem entre os movimentos religiosos, seu conteúdo, no entanto, é mais podre do que os mesmos. Tudo ficou tão igrejificado que o "espiritismo" virou um grande Vaticano. Vaticanizou geral. E se vaticanizou tanto que os vaticanizadores falam mal da vaticanização dos outros. Falam tanto e pedem com insistência para todo mundo "viver Allan Kardec" e dizem pregar o "espiritismo autêntico". Mas tratam o pedagogo francês como se fosse um capelão de província, e botam na responsabilidade dele ideias e práticas que em nenhum momento Kardec defenderia. Falam em "respeito rigoroso" e "fidelidade absoluta" aos postulados espíritas originais, mas são eles os traidores de primeira hora. A desonestidad

O "tóxico do intelectualismo" do "espiritismo" brasileiro

(Por Demétrio Correia) Um dos grandes conceitos retrógrados existentes no "espiritismo" brasileiro é o "tóxico do intelectualismo". É o discurso de criminalização do ato de pensar, da negação de uma das qualidades peculiares do ser humano. Trata-se de reprovar o questionamento quando ele se torna aprofundado e ameaça os dogmas mais fantasiosos da fé religiosa. O ser humano pode ser um avestruz, que vive baixando a cabeça. Mas ele não pode ser um humano, perguntando, questionando, verificando problemas e contradições. Esse discurso do "tóxico do intelectualismo" foi trazido por Emmanuel no livro que leva seu nome, lançado em 1938. A partir desse conceito, Emmanuel fazia os apelos que se tornaram conhecidos: "não questiones", "não reclames", "não contestes". Em muitos casos, isso é para salvar a pele de Francisco Cândido Xavier, sendo portanto um apelo em causa própria da deturpação espírita.