(Por Demétrio Correia)
Já se alertou sobre os falsos cristos e falsos profetas.
Esses alertas vêm de muito tempo.
Vem desde a Antiguidade, com Sócrates alertando sobre os falsos sábios.
Passou por Jesus de Nazaré, alertando sobre os falsos profetas.
Mais próximo da época contemporânea, Allan Kardec também fez alerta sobre falsos cristos e falsos profetas.
Erasto, o espírito do discípulo de Paulo de Tarso, também alertou sobre os farsantes a usurpar a Doutrina Espírita.
No Brasil, as pessoas ficaram surdas a esses apelos. Totalmente.
Em nome das "mensagens de amor" e do "pão dos pobres", quantos oportunistas aparecem, deturpando Kardec mas fingindo "respeitarem rigorosamente" seu legado.
Quantos farsantes dizem reprovar a "vaticanização do Espiritismo" mas elogiam tudo que for de igrejista que pegar carona na doutrina kardeciana.
Quantos farsantes, se escondendo por trás de gente pobre, fingindo humildade e modéstia, forjando falsa sabedoria, criando mediunidade fake, jogando moralismo retrógrado religioso!
Ah, não são apenas os falsos cristos e falsos profetas que a deturpação do Espiritismo oferece.
Há os falsos cristos, que, quando são duramente criticados pela deturpação, apelam para o vitimismo barato, se fingindo de "crucificados".
Há os falsos profetas, que estabelecem datas fixas para o progresso da humanidade, como meio de atraírem apoio para si.
Mas há também os falsos erastos, falsos kardecs, a cobrar "coerência espírita", a mesma que eles mesmos se recusam a praticar.
Os oportunistas mudam os seus truques, criam novos repertórios de esperteza.
É como um vírus na Internet que se recicla constantemente desafiando os mecanismos anti-vírus.
O problema é que os anti-vírus religiosos dos brasileiros são sempre desatualizados.
Ninguém desconfia da esperteza dos "médiuns espíritas" e suas ideias mistificadoras.
Ninguém desconfia de seus livros "psicográficos" cheios de preconceitos igrejeiros, lançados para enriquecer os "médiuns" sob a desculpa da "doação para a caridade".
Ninguém desconfia do aparato superficial do Assistencialismo que os "médiuns" dizem praticar.
Ninguém desconfia do caráter traiçoeiro de suas palavras adocicadas.
Com tanto aparato de beleza, as pessoas ainda se comportam como aquele anti-vírus do computador infectado que diz que "não há infecções no computador".
Acham ser impossível desconfiar de tão espertos deturpadores do Espiritismo, porque acham que o igrejismo é "saudável", as "palavras de amor" sempre confortam e a "caridade" aparente sempre ajuda.
Esquecem que o igrejismo pode ser obscurantista, as belas palavras podem enganar e ferir e a suposta caridade pode representar exploração social das classes pobres e outras atitudes ilícitas, como lavagem de dinheiro.
E os "médiuns" que ficam fazendo turismo pelo Brasil e pelo mundo, sob a desculpa de espalhar a "boa nova", enquanto sua "caridade transformadora" só traz resultados abaixo de medíocres?
Ah, quanta falsidade precisa ser desmascarada, por ela ser vista, ainda, como a "melhor das verdades"...
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