(Por Demétrio Correia)
Muitas pessoas reclamam de terem feito tratamentos espirituais nas "casas espíritas".
Recorriam a tais terapias para resolver seus problemas, e, em vez disso, contraem problemas ainda piores.
Isso, por incrível que pareça, não é coisa de uma ou outra "casa" menos preparada.
Praticamente, toda "casa espírita" age assim, contraindo más energias. É parte do próprio caráter igrejeiro da doutrina que jogou o legado de Kardec no lixo, mas lhe jura "fidelidade absoluta".
Supostamente espiritualista, o "espiritismo" brasileiro mais parece rogar desgraças aos necessitados do que socorrê-los em suas dificuldades.
Parece querer ver o outro sofrer para depois socorrê-lo, numa espécie de "morde-e-assopra" religioso.
E o "espiritismo", que tanto apela para as pessoas renunciarem aos "gozos mundanos", é o que mais empurra energeticamente aos mesmos.
Há rapazes e moças que reclamam que o contato com o "espiritismo" brasileiro, de uma forma ou de outra, os fizeram sucumbir a situações ainda mais "mundanas".
Homens de perfil diferenciado que queriam mulheres de caráter as viam sumirem de seu caminho, umas até morrendo, mas a maioria se casando com outros homens.
Em contrapartida, os homens diferenciados acabam atraindo em seu caminho mulheres que nunca lhes inspiraram afinidade e, o que é pior, são associadas a um contexto sexualmente mais grotesco.
As mulheres que queriam homens de caráter atraíam homens traiçoeiros por trás de galanteadores de todo tipo, dos "gentis" aos "divertidos".
No âmbito do trabalho, é só fazer um tratamento espiritual que oportunidades de trabalho mais digno, quando surgem, lhes escapam como água pelas mãos.
Enquanto isso, falsas oportunidades, trazidas por empresas corruptas ou em falência, ou com alguma animosidade estranha - como jornais comunitários visados pela criminalidade - , permanecem com relativa facilidade.
Que "espiritismo" é esse que faz com que seus assistidos estejam à mercê não de oportunidades que possam fazer evoluir o espírito?
O pior é que as oportunidades fúteis não dão chance para os "beneficiados" ensinarem suas qualidades nobres para os seus exploradores sociais.
Pelo contrário. Tais exploradores, no amor e no emprego, só "mudam de jeito" conforme as conveniências.
A funkeira que o pobre rapaz mais culto se limita a atrair só virará "classuda" se ela quiser, e ela nunca irá se arrepender de suas futilidades, só as abandonando porque "cansou delas".
Ou o valentão que pega uma moça "classuda" que nunca se arrependerá do jeito folgado dele.
Tais incidentes não correspondem a necessidades de evolução ou depuração, porque geram conflitos difíceis de serem resolvidos.
As pessoas mais evoluídas tendem mais a sofrer e quase sempre saem derrotadas, para não dizer mortas, nesses incidentes.
A ideia de "provas morais" é uma falácia, porque os arrivistas de ocasião só se associarão a pessoas evoluídas não para aprenderem lições verdadeiras, mas para alimentar suas vaidades e ambições.
E isso o "espiritismo" igrejeiro não quer saber, cego em seu moralismo rigoroso que confunde desafios com desgraças e acredita no acordo da ovelha com o lobo faminto.
É por isso que os eventos "espíritas", sobretudo os tratamentos espirituais, oferecem mais ciladas do que salvações, e nem para mero consolo servem para os sofredores em graves dificuldades.
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