(Por Demétrio Correia) O moralismo "espírita" brasileiro é insólito. Prega não só para a pessoa aceitar o sofrimento, mas pede para "amá-lo". Alguns palestrantes se aventuraram em pregar a ideia esotérica e mistificadora do "inimigo de si mesmo". Condenam o suicídio mas falam para o sofredor extremo que ele é o "próprio inimigo a ser combatido". Depois reclamam que o sofredor, sabendo disso, se suicidou. Os "espíritas" acham que a encarnação só serve para a servidão. Não conseguem explicar direito por que uns são privilegiados e outros sofrem além da conta. Tentam arrumar uma desculpa, na base do "achismo". Dizem que os privilegiados são os "sofredores de ontem" que foram abençoados, e os sofredores são os "privilegiados de outrora" que teriam se comportado mal. Um moralismo vagabundo, diga-se de passagem. Quanto aos sofredores, quase sempre tratados com certo