(Por Demétrio Correia)
O "espiritismo" brasileiro é o PSDB das religiões.
Possui uma grande blindagem social nos meios midiáticos, acadêmicos, jurídicos e outros meios sociais influentes.
Seu nome não condiz com o ideal praticado, a exemplo do PSDB.
O PSDB se diz "social-democrata", mas é neoliberal.
O "espiritismo" mais parece a repaginação do Catolicismo jesuíta do Brasil-colônia do que a atualização do legado deixado pelo pedagogo Allan Kardec.
O PSDB naufragou no cenário político pelos escândalos que não conseguiu esconder.
Sobretudo da parte de Aécio Neves, o "Chico Xavier" do partido.
A gente até pergunta se Aécio não deveria ter tido outro avô, no caso o beato de Pedro Leopoldo.
Francisco Cândido Xavier também fez das suas.
Criou uma literatura fake de supostos literatos do além-túmulo.
Assinou atestados para "legitimar" ações fraudulentas de materialização.
Explorou as tragédias familiares de forma sensacionalista através das cartas fake de parentes mortos.
Manchou a Doutrina Espírita com o mais mofado igrejismo.
Tanto Aécio Neves quanto Chico Xavier ainda foram blindados pela Rede Globo de Televisão.
A Globo ainda blinda o "espiritismo" brasileiro.
Hoje o PSDB é alvo de denúncias das mais diversas, que derrubam Aécio e outros colegas de partido.
E o "espiritismo", que cria "mensagens espirituais" fake, prega moralismo retrógrado, pratica igrejismo extremado e é catolicizado além da conta?
Sabe-se que existem "médiuns" que construíram "complexos espirituais" sem alvará, cometendo "invasão de colarinho branco".
E que se enriqueceram com o "dinheiro da caridade".
Ou que usam o "dinheiro da caridade" para fazer turnês pela Europa divulgar a deturpação para o resto do mundo.
Quem vai ser o primeiro a ser "comido", só usando a expressão metafórica de Romero Jucá, numa famosa conversa telefônica?
Só de imaginar isso os "espíritas" ficam choramingando, porque é mais uma "perseguição ao trabalho do bem".
Todavia, sabemos que esse "trabalho do bem" nunca passou de um pálido Assistencialismo que poucos benefícios trouxe à população carente.
Esse papo todo só serviu para glorificar os "médiuns" pelo quase nada que fizeram ou fazem.
Há muitas irregularidades nos bastidores do "espiritismo".
As pessoas devem segurar suas lágrimas porque paixão religiosa não é tudo.
Se elas escondem corrupção e desonestidade, estas práticas infelizes têm que ser denunciadas.
Se os ídolos religiosos estão envolvidos, não se deve ter medo de vê-los caindo do pedestal.
Religiões são criações humanas e, se há corrupção nelas, não há como esconder.
Muito se fez, sob o rótulo de "espiritismo", que mais manchou e ofendeu do que honrou o legado de Allan Kardec.
Muito discurso em seu favor, mas muita prática em seu prejuízo.
Tudo isso tem que ser amplamente questionado e já não admite mais uma nova retratação.
Não se pede desculpas a quem deturpou a Doutrina Espírita. Nem que eles fiquem mostrando o tempo todo paisagens floridas, coraçõezinhos e crianças pobres sorridentes.
É preciso parar com a doença infantil do deslumbramento religioso e ver que, se há problemas sérios numa religião, eles devem ser inteiramente denunciados.
Que caia um, caiam dois ou mais ídolos religiosos.
O próprio Kardec falava: "melhor que caia um do que caia uma multidão inteira".
Hoje o Brasil é que caiu, multidões caíram em desgraça para salvar os deturpadores do Espiritismo.
É hora de ouvirmos os investigadores antes de apelar para a lorota de que eles "estão obsediados".
Há várias formas de praticar o bem, muito mais eficazes e amplas do que a tal "caridade espírita".
Não se pode escravizar a "bondade" ao rótulo de uma religião.
E se essa "bondade" é tendenciosa, cabe contestá-la inteiramente.
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