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Quatro qualidades ruins que protegem os ídolos "espíritas"

(Por Demétrio Correia)

Os deturpadores do Espiritismo se protegem pelo aparato de "bondade" e "emotividade".

Poucos sabem o quanto isso é ruim, mas as paixões religiosas cegam muita gente.

As pessoas acabam endeusando os deturpadores e aquelas que arriscam questionar a deturpação fazem o trabalho todo incompleto.

Falam mal do igrejismo, da vaticanização, mas aceitam aqueles que pregam tudo isso, porque são "bondosos".

Esses ídolos "espíritas", vários deles supostos médiuns, outros apenas badalados palestrantes, adotam várias estratégias que muitas pessoas pensam ser qualidades elevadas.

Como apelar para a emoção, no qual a diabética catarse da comoção e das lágrimas se revela um entretenimento fútil e desnecessário.

Para entendermos o problema de tudo isso, vamos citar quatro qualidades negativas, portanto ruins, que as pessoas pensam ser benéficas e que servem como meio de aliciar a opinião pública.

São qualidades reconhecidas como nocivas por especialistas e estudiosos sérios, e que poucos sabem estarem também associadas aos deturpadores do Espiritismo. São elas:

1) ARGUMENTUM AD PASSIONES - Conhecido também como Ad Passiones, quer dizer "apelo à emoção" e consiste num processo falacioso, em que mentiras e meias-verdades são defendidas por argumentos que incitam a adesão pela emotividade.

Francisco Cândido Xavier era um bom exemplo disso, assim como Divaldo Franco.

Afinal, seus livros "psicográficos", mais a oratória de Divaldo, são uma verdadeira demonstração do Ad Passiones, misturando igrejismo medieval e moralismo conservador com retóricas positivistas.

2) ASSISTENCIALISMO - Prática condenada por aqueles que defendem a ética, consiste numa aparente filantropia no qual seu organizador adota para favorecer vantagens pessoais, ainda que seja a simples popularidade.

É uma prática condenada pelas leis eleitorais, que o consideram um crime eleitoral, quando aplicada em campanhas para conquistas de votos.

Isso é o que os deturpadores da Doutrina Espírita fazem, uma "caridade" que parece "plena" e "transformadora", cujo ínfimo resultado é anabolizado pelas paixões religiosas.

Isso porque o que acaba estando em jogo não é a quantidade e qualidade de benefícios e beneficiados, mas o prestígio religioso e o carisma do ídolo "espírita". O beneficiado é só um detalhe.

3) BOM-MOCISMO - A estratégia de parecer "bondoso" a todo momento é um truque que espertalhões fazem para atrair o apoio da opinião pública e construir um prestígio inabalável que os protege nos seus privilégios de poder.

A ideia de ver o deturpador da Doutrina Espírita como "bondoso" segue essa linha.

Costuma-se dizer: "Fulano entendeu errado a Doutrina Espírita, mas pelo menos ele pratica caridade".

Pessoas veem fotos de Chico Xavier e Divaldo Franco e são tentadas a dirigir-lhes afeição.

Um deturpador, pela desonestidade doutrinária, já não merece confiança.

Mas os deturpadores do Espiritismo no Brasil recebem, até demais, a confiabilidade da qual são indignos de receber, pela traição que fazem ao pensamento de Allan Kardec.

4) VITIMISMO E TRIUNFALISMO - Posar de vítima e achar que é nas derrotas que se sairá vencedor é um truque usado para se levar vantagem.

Os deturpadores do Espiritismo fazem isso por dois motivos: forjar pretensa humildade e incapacidade de contra-argumentar de maneira lógica e consistente.

A estratégia era muito usada por Chico Xavier diante dos escândalos em que se envolveu.

Habilidoso manipulador de corações e mentes humanos, Chico Xavier foi uma Otília Diogo da moral humana, achando que poderia atravessar as grades do escândalo e da investigação.

Tomou gosto pelo arrivismo, ainda mais quando o julgamento do caso Humberto de Campos terminou em empate.

Os seguidores de Chico Xavier vão na onda e chamam de "ataque" até mesmo o mais imparcial questionamento a sua figura.

Eles acham exagerado e agressivo chamar Chico Xavier de "charlatão".

Mas não medem escrúpulos em definir como "ataque" um estudo que questionasse suas supostas psicografias pela simples comparação textual com as obras originais dos autores alegados.

Pode-se, por exemplo, com a serenidade de um monge, identificar irregularidades na suposta obra espiritual atribuída a Humberto de Campos, e chegar à constatação de fraude sem um pingo de raiva nem rancor.

Enquanto isso, há pessoas que defendem Chico Xavier como se fossem cães rottweiller dos mais violentos.

Há muito o que analisar nos bastidores da deturpação do Espiritismo e fazer isso não tem a ver com raiva, rancor, calúnia ou outro tipo de violência. Em nenhum momento.

O que se quer é identificar irregularidades sob a luz da lógica e da coerência, desapegando das paixões religiosas que, estas sim, são verdadeiros venenos de sabor doce, a descer delicioso pela garganta até ferir de morte o coração.

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