(Por Demétrio Correia)
Divaldo Franco foi uma figura cujas caraterísticas foram previamente anunciadas por Allan Kardec.
Aí você, feliz da vida, pergunta:
- Ah, o admirável mensageiro? O anjo fraterno a dar lições de sabedoria humana? O ativista corajoso a vencer as malhas do egoísmo e a promover a solidariedade?
Não. Nada disso.
Divaldo Franco personifica os aspectos negativos citados na obra de Allan Kardec.
É só ver, sobretudo, O Livro dos Médiuns, na tradução de José Herculano Pires, mais fiel ao texto original.
Só o item 246, do capítulo 23, Da Obsessão, cita coisas que se encaixam em Divaldo, embora descrevam qualidades de espíritos inferiores do além-túmulo:
"Há Espíritos obsessores sem maldade, que são até mesmo bons, mas dominados pelo orgulho do falso saber: têm suas idéias, seus sistemas sobre as Ciências, a Economia Social, a Moral, a Religião, a Filosofia", diz um trecho.
Outro trecho diz: "Procuram fascinar por uma linguagem empolada, mais pretensiosa do que profunda, cheia de termos técnicos e enfeitada de palavras grandiosas, como Caridade e Moral".
Mais adiante: "Evitam os maus conselhos, porque sabem que seriam repelidos, de maneira que os enganados os defendem sempre, afirmando: Bem vês que nada dizem de mau".
E o alerta certeiro: "Mas a moral é para eles apenas um passaporte, é o de que menos cuidam. O que desejam antes de mais nada é dominar e impor as suas idéias, por mais absurdas que sejam".
Daí as crianças-índigo, as colônias espirituais, as previsões com datas pré-determinadas, os resgates coletivos.
Tudo isso é ideia sem pé nem cabeça, mistificação própria da deturpação da Doutrina Espírita.
E aí vemos um exemplo do discurso empolado e das ideias truncadas de Divaldo Franco.
Foi durante o XXIII Congresso "Espírita" ocorrido na Espanha, em 04 de dezembro de 2016.
Entrevistado para um periódico "espírita" em Portugal, Divaldo veio com várias "pérolas" que poderiam pôr xeque-mate à sua imagem de "sábio", se o Brasil fosse um país menos ingênuo.
Uma delas se refere ao seguinte, já com base no juízo de valor contra os refugiados do Oriente Médio, acusados levianamente de terem sido colonizadores europeus que dizimaram povos na América Latina:
"Mas, também me recordo dos grandes problemas que estão a acontecer no antigo Levante, graças às tropas muçulmanas. 'O Homem é o lobo do Homem' e, verificamos que estamos a transformar este lobo em cordeiro", disse Divaldo.
Aí ele prossegue: "Como sou otimista, acredito que em breve, o lobo e o cordeiro beberão no mesmo regato, em fraternidade".
E finaliza: "Já vemos muitas dessas uniões, através da educação que é proporcionada, e nós vemos isso na Internet, diariamente. Porque não, na realidade, amanhã?".
Os seguidores e simpatizantes de Divaldo acham esse texto "simples e esclarecedor", mas têm dificuldade em dizer por quê.
É apenas porque veem a palavra "fraternidade", hipnótica para muitos brasileiros tomados da tentação perigosa das paixões religiosas.
Mas o que Divaldo disse, a uma análise mais cautelosa, é de um rebuscamento terrível.
Ele já confundiu as pessoas numa palestra sobre "crianças-índigo", dizendo, por exemplo, que ser portador da doença TDA (Transtorno de Déficit de Atenção) é uma "virtude" (?!).
Na prática, você não sabe o que Divaldo quis dizer com "lobos" e "cordeiros", depois que acusou os refugiados de terem sido tiranos europeus nos tempos das grandes navegações (séculos XV-XVI).
É bom ou ruim transformar lobo em cordeiro? Como lobos e cordeiros "beberão no mesmo regato em fraternidade"?
E que "educação proporcionada" garante a "união" entre "lobos" e "cordeiros" que Divaldo afirma acontecer "na Internet, diariamente"?
Essa "educação" se dá na sociopatia, do cyberbullying comandado por "lobos" e apoiado por "cordeiros" para ofender a "ovelha negra" do rebanho?
E em que "lobos" e "cordeiros" se unirão na "fraternidade"? Na alcateia ou no rebanho?
Tudo isso é truncado e dá margem a interpretações diversas.
Isso não é simples nem esclarecedor, ou muito menos coerente.
Divaldo Franco não é a voz do bom senso, porque muitas ideias suas contrariam Kardec.
E o anti-médium baiano personifica aqueles vícios de empolamento, ilustração retórica, prestígio religioso que O Livro dos Médiuns reprova em diversas partes.
Este livro de Kardec reprova Chico Xavier e Divaldo Franco o tempo inteiro. Joga as centenas e centenas dos livros dos dois para o lixo, sem aproveitamento nos sebos.
A gente até dá pena dos papéis que tão cruelmente serviram para as brochuras desses festivos deturpadores.
As paixões religiosas glorificam os anti-médiuns, sobretudo esses dois, tidos como "exemplos de perfeição moral e lucidez de ideias".
Uma observação cuidadosa e imparcial, sem a emotividade das paixões religiosas, comprova que toda essa glorificação aos dois não passa de mitomania.
E nada como um trecho de um depoimento de Divaldo Franco para comprovar o quanto ele é rebuscado e obscurantista, que mais confunde que esclarece as pessoas, cegas na sua paixão submissa aos "médiuns" dotados de culto à personalidade.
Outro trecho diz: "Procuram fascinar por uma linguagem empolada, mais pretensiosa do que profunda, cheia de termos técnicos e enfeitada de palavras grandiosas, como Caridade e Moral".
Mais adiante: "Evitam os maus conselhos, porque sabem que seriam repelidos, de maneira que os enganados os defendem sempre, afirmando: Bem vês que nada dizem de mau".
E o alerta certeiro: "Mas a moral é para eles apenas um passaporte, é o de que menos cuidam. O que desejam antes de mais nada é dominar e impor as suas idéias, por mais absurdas que sejam".
Daí as crianças-índigo, as colônias espirituais, as previsões com datas pré-determinadas, os resgates coletivos.
Tudo isso é ideia sem pé nem cabeça, mistificação própria da deturpação da Doutrina Espírita.
E aí vemos um exemplo do discurso empolado e das ideias truncadas de Divaldo Franco.
Foi durante o XXIII Congresso "Espírita" ocorrido na Espanha, em 04 de dezembro de 2016.
Entrevistado para um periódico "espírita" em Portugal, Divaldo veio com várias "pérolas" que poderiam pôr xeque-mate à sua imagem de "sábio", se o Brasil fosse um país menos ingênuo.
Uma delas se refere ao seguinte, já com base no juízo de valor contra os refugiados do Oriente Médio, acusados levianamente de terem sido colonizadores europeus que dizimaram povos na América Latina:
"Mas, também me recordo dos grandes problemas que estão a acontecer no antigo Levante, graças às tropas muçulmanas. 'O Homem é o lobo do Homem' e, verificamos que estamos a transformar este lobo em cordeiro", disse Divaldo.
Aí ele prossegue: "Como sou otimista, acredito que em breve, o lobo e o cordeiro beberão no mesmo regato, em fraternidade".
E finaliza: "Já vemos muitas dessas uniões, através da educação que é proporcionada, e nós vemos isso na Internet, diariamente. Porque não, na realidade, amanhã?".
Os seguidores e simpatizantes de Divaldo acham esse texto "simples e esclarecedor", mas têm dificuldade em dizer por quê.
É apenas porque veem a palavra "fraternidade", hipnótica para muitos brasileiros tomados da tentação perigosa das paixões religiosas.
Mas o que Divaldo disse, a uma análise mais cautelosa, é de um rebuscamento terrível.
Ele já confundiu as pessoas numa palestra sobre "crianças-índigo", dizendo, por exemplo, que ser portador da doença TDA (Transtorno de Déficit de Atenção) é uma "virtude" (?!).
Na prática, você não sabe o que Divaldo quis dizer com "lobos" e "cordeiros", depois que acusou os refugiados de terem sido tiranos europeus nos tempos das grandes navegações (séculos XV-XVI).
É bom ou ruim transformar lobo em cordeiro? Como lobos e cordeiros "beberão no mesmo regato em fraternidade"?
E que "educação proporcionada" garante a "união" entre "lobos" e "cordeiros" que Divaldo afirma acontecer "na Internet, diariamente"?
Essa "educação" se dá na sociopatia, do cyberbullying comandado por "lobos" e apoiado por "cordeiros" para ofender a "ovelha negra" do rebanho?
E em que "lobos" e "cordeiros" se unirão na "fraternidade"? Na alcateia ou no rebanho?
Tudo isso é truncado e dá margem a interpretações diversas.
Isso não é simples nem esclarecedor, ou muito menos coerente.
Divaldo Franco não é a voz do bom senso, porque muitas ideias suas contrariam Kardec.
E o anti-médium baiano personifica aqueles vícios de empolamento, ilustração retórica, prestígio religioso que O Livro dos Médiuns reprova em diversas partes.
Este livro de Kardec reprova Chico Xavier e Divaldo Franco o tempo inteiro. Joga as centenas e centenas dos livros dos dois para o lixo, sem aproveitamento nos sebos.
A gente até dá pena dos papéis que tão cruelmente serviram para as brochuras desses festivos deturpadores.
As paixões religiosas glorificam os anti-médiuns, sobretudo esses dois, tidos como "exemplos de perfeição moral e lucidez de ideias".
Uma observação cuidadosa e imparcial, sem a emotividade das paixões religiosas, comprova que toda essa glorificação aos dois não passa de mitomania.
E nada como um trecho de um depoimento de Divaldo Franco para comprovar o quanto ele é rebuscado e obscurantista, que mais confunde que esclarece as pessoas, cegas na sua paixão submissa aos "médiuns" dotados de culto à personalidade.
Comentários
Postar um comentário