(Por Demétrio Correia)
O Espiritismo, infelizmente, foi seriamente danificado.
Virou, no Brasil, um vale-tudo igrejeiro no qual os deturpadores é que tomam as rédeas.
A influência da mídia, do mercado editorial, da suposta filantropia, da falsa mediunidade, cria as bases de tanta e tanta distorção.
É um trabalho feito em quantidades industriais.
A usurpação de espíritos mortos chega ao ponto de se apropriarem de nomes diversos, como Auta de Souza, Oswaldo Cruz, Carlos Chagas.
Fotos de Allan Kardec se misturam às de Francisco Cândido Xavier, Divaldo Franco, Emmanuel, Bezerra de Menezes.
Fotos de Irma de Castro Rocha, a Meimei, e Joana Angélica são usadas para ilustrar as deturpações e usurpações de suas reputações femininas.
Meimei "escreve" pensando e dizendo igual Chico Xavier, enquanto se vê o obsessor de Divaldo Franco, o Máscara de Ferro, em sua aventura "trans", como a tirânica Joana de Angelis.
Tudo isso é aceito sem críticas e a deturpação sofrida pela Doutrina Espírita foi longe demais.
Tão longe que os deturpadores ainda têm esperança de serem aproveitados numa futura recuperação das bases espíritas originais.
É aquele papo da raposa que disse assumir seus erros e prometer limpar e reconstruir o galinheiro.
A preocupação nossa é com o vai-e-volta das crises do "movimento espírita" e suas contradições, sempre mascaradas pelo espetáculo das palavras bonitinhas.
Criticar a deturpação não pode representar mais um abismo, mais uma retratação diante da tentação fácil das belas palavras e belas imagens.
O próprio espírito Erasto recomendou muita firmeza quando se questiona a deturpação espírita.
Porque ele mesmo avisou que os deturpadores virão com palavras bonitas, falando de "amor" e "caridade", pedir "fraternidade" e tudo o mais, para aí inserir ideias mistificadoras, sem pé nem cabeça e contrárias ao bom senso.
Enquanto Erasto pedia para as pessoas rejeitarem uma única mentira, os brasileiros aceitaram a maior de todas as mentiras, através da figura de Chico Xavier e companhia.
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