Pular para o conteúdo principal

Que "bondade" que faz com que deturpadores fossem absolvidos?

(Por Demétrio Correia)

Muito estranho o Brasil em que vivemos.

Na França, denuncia-se a deturpação do Espiritismo e, embora haja quem caísse nesta armadilha, ninguém vira espírita autêntico por causa disso.

No Brasil, a deturpação é bem sucedida, cresce, se agiganta, e há quem acredite que se podem recuperar os postulados espíritas originais endossando os deturpadores.

A desculpa é sempre essa: "bondade", "caridade", "lições de paz e fraternidade".

Como muitos de nós são tão tolos!

Que "bondade" é essa que inquieta tanta gente diante de tamanhos questionamentos?

De repente, podemos até ser idiotas, se isso favorecesse a reputação de Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco.

Podemos botar a ética, a lógica e o bom senso no lixo, em nome da "caridade".

E isso faz com que tenhamos que questionar, mais ainda: que "bondade" é essa que, quando é questionada, causa tanto incômodo?

Pelo jeito é uma "bondade" que cria mais fanáticos do que pessoas beneficiadas.

Uma "bondade" feita mais para impressionar multidões, arrancar comoção e promover o "benfeitor".

O "benfeitor" festeja demais e o tempo todo pelo pouco que fez.

Faz uma demagogia de fazer político corrupto parecer, este sim, um "caridoso".

Afinal, o ídolo religioso "espírita" goza do mais alto status diante das elites do dinheiro, da fama e do poder.

Poderia mudar um país, em tese, pela força de sua reputação e pelo poder obtido pela alta visibilidade, pelo prestígio e pela voz ativa diante dos ricos e poderosos.

Mas não faz.

Prefere fazer muito pouco pela caridade e inventar que "não foi possível" fazer mais pelo próximo.

Pelo pouco que fez, festeja demais, quer comemorar demais com quase nada que fez.

Caridade paliativa, assistencialismo, projetos pedagógicos que pouco contribui no ensino da leitura, da escrita e da profissão, e que ainda insere valores religiosos como preço a ser pago pela "educação gratuita".

É ingênuo acreditar que o proselitismo religioso seja explícito, declarado ou que, por ouro lado, seja visto como "saudável" por causa das "coisas boas".

Isso pelo menos foi denunciado pelos críticos da Escola Sem Partido.

E mostra o quanto as pessoas que endeusam os deturpadores do Espiritismo, Chico Xavier e Divaldo Franco, são praticamente blindados por uma falsa ideia de bondade.

Uma suposta bondade que beneficia mais o "filantropo" do que o necessitado, uma bondade escrava do misticismo religioso, uma bondade que não pode ser espontânea, por ser rebaixada a um subproduto da fé e da beatitude.

Ainda se vai questionar muito o assistencialismo que praticamente mantém os deturpadores do Espiritismo na impunidade.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Qual a relação de Edir Macedo e R. R. Soares com Chico Xavier?

(Por Demétrio Correia) Qual a relação que os "bispos" neopentecostais Edir Macedo e R. R. Soares têm com o "médium" Francisco Cândido Xavier? O leigo vai cair da cadeira e vai achar absurdo, sobretudo num dia como hoje. Afinal, fazem 15 anos do falecimento de Chico Xavier e os chiquistas devem preparar sua inundação de lágrimas. Como comparar o "iluminado médium" aos dois usurpadores da fé cristã. Simples. Porque Chico Xavier também havia sido um usurpador. Um católico ortodoxo que se tornou um dos maiores aproveitadores do legado da Doutrina Espírita. A trajetória do "bondoso médium" sempre foi marcada de muita confusão e conflitos. As pessoas devem abandonar essa teimosia infantil de achar que as confusões que envolveram o "médium" foram causadas pelos detratores. Não foram. Foram causadas pelo próprio "médium" e seus parceiros nas empreitadas da deturpação espírita. A imagem "...

Vídeo: Diferenças entre o Espiritismo Original de Allan Kardec e o Espiritismo Brasileiro de Chico Xavier

Vídeo didático ensina a diferença do Espiritismo original de Allan Kardec e o "espiritismo" deturpado de Chico Xavier e Divaldo Franco. Vale a mais ampla divulgação.

"Caridade espírita" fracassou

(Por Demétrio Correia) O maior escudo que blinda os "médiuns espíritas", a suposta caridade, foi um grande fracasso em suas mãos. Dá pena as pessoas endeusarem os "médiuns espíritas" sob a desculpa de que, embora deturpem o Espiritismo, "praticam caridade". Pela grandeza em que se julgam ou julgaram ter, os "médiuns espíritas" eram para ter transformado o Brasil numa das maiores potências mundiais há uns trinta anos. Mas não. Ficam cheios de contradições. Num dia, os "espíritas" dizem que estão fazendo algo e que o resultado virá, com certeza, no dia seguinte. No dia seguinte, porém, ficam cheios de dedos, dizem que "não foi possível" atingir aquele resultado e que eles "fizeram por onde". Quanta hipocrisia. E a gente tem que aceitar essa caridade de resultados pífios, inexpressivos, medíocres, porque ela é a "maior qualidade" dos "médiuns espíritas". Isso é carteira...